As consequências de se deixar ser guiados pelo Espírito

 


1º Simpósio de Missões 2022 (Dia 09 de Agosto)




Tema Central: Rm 10. 14-15. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas
Romanos 10:14,15.

 

Texto Preletor:  Atos 13.47 Porque o Senhor assim no-lo mandou: eu te pus para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até os confins da terra
Atos 13:47.

 

 

Missão é um encargo, uma incumbência, um propósito, é uma função específica que se confere a alguém para fazer algo, é um compromisso, um dever, uma obrigação a executar. Missão é um conjunto de pessoas que recebem um encargo a cumprir (missão diplomática, missão científica, missão empresarial, missão cultural etc.) -  https://www.significados.com.br/missao/consulta em 27/07/2022.

 

 

TEMA:

As consequências de se deixar ser guiados pelo Espírito

 

É muito importante que se restabeleça o diálogo sobre a importância da MISSÃO confiada à igreja do Senhor Jesus Cristo, já que, sendo a TERCEIRA GERAÇÃO DE ASSEMBLEIANOS parece-me que nos sentimos confortáveis com aquilo que fora conquistado até aqui e deixamos de falar sobre esse assunto. É relevânte esse simpósio (reunião técnica ou científica; congresso para debater sobre determinado assunto) no sentido que podemos redirecionar e despertar nossas igrejas para o trabalho que não deve cessar e precisa ser cumprido até que Jesus volte E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” ( Mc 16.15/ ARA: Almeida Revista e Atualizada).

O texto que está diante de nós apresenta-nos pistas de como foi trabalhado uma nova fase de expansão do evangelho que seria cumprida através da MISSÃO que fora confiada à Igreja. Até o capítulo 12 estamos localizados na primeira metade do livro de Atos onde o centro da narrativa é JERUSALÉM e o assunto principal é a expansão da igreja de Jerusalém por toda a PALESTINA. Agora, Jerusalém passa para segundo plano, e Antioquia se torna o centro da narrativa porque patrocinou a expansão da igreja na Ásia e Europa.

Podemos perceber que a igreja está reunida e seus mestres e profetas estão sensíveis a voz do Espírito Santo [...] disse o Espírito Santo [...] (At 13.2).

Primeira observação é: A missão da igreja deve ser impulsionada e conduzida por uma ação do Espírito (At 13.2): “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado”(At 13.2). “Enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram [...] (At 13.4). Quando o Espírito não está na missão, ela se transforma em “Ativismo religioso, obra social, proselitismo religioso...” menos em missão do Reino de Deus. Temos a necessidade da presença do Espírito para manter a direção certa e o foco certo. Os discípulos de Jesus correram esse risco “Contudo, não vos alegreis porque se vos submetem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus” (Lc 10.20), Jesus aqui faz um alerta, tentando redirecionar a visão dos discípulos, mostrando que “as pessoas podem expulsar demônios e ainda assim ser excluídas do Reino[1]”.  

Qual é a nossa visão?  

Visão é como a Organização se vê no futuro. A visão é a Organização aspirando a algo (o que será alcançado?) e inspirando stakeholders (por que esse algo merece ser alcançado?). A visão de uma Organização traduz um conjunto de intenções e aspirações para o futuro, mas não detalha o modo de alcançá-las (isso será feito nas etapas seguintes do Planejamento Estratégico). Assim, a visão procura servir de modelo para todos os integrantes e participantes na vida da empresa, com o objetivo de atingir a excelência profissional, melhorando as capacidades individuais (https://administradores.com.br/artigos/o-que-e-visao-para-uma-empresa / consulta em 05/08/2022).

Qual a nossa motivação?

“Motivação pode ser entendida como um motivo que leva o indivíduo à ação”. “Motivação é uma força que aciona e direciona o comportamento” (O conceito de motivação na psicologiahttp://pepsic.bvsalud.org / consulta em 05/08/2022).

Vejamos a motivação do Apóstolo Paulo:
7Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo;    8sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo,    9e seja achado nele, não tendo como minha justiça a que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé;    10para conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição e a e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte, 11para ver se de algum modo posso chegar à ressurreição dentre os mortos (Fp 3. 7-11/JFA).  

Segunda observação é: A iniciativa de expansão do evangelho ocorre no cenário de adoração ao Senhor Jesus, jejum e oração (At 13.1-2).

E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.

Esses profetas e mestres eram sensíveis às necessidades espirituais, eles passam tempo junto em oração acompanhada de jejum. A chamada para esse novo desafio acontece nesse cenário de culto a Deus ( A palavra “leutorgeo” ‘servindo’ na septuaginta trás a ideia de “fazer culto, sobretudo pela oração[2]”) é nele que a verdade revelada a Pedro (At 10. 9-20) é reafirmada e a igreja é levada a ampliar seu testemunho.

Terceira Observação: Esse empreendimento é iniciado em obediência à voz do Espírito: [...] disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2). Veja que não encontramos aqui indícios de planos inventados pelos homens, todo processo é conduzido por Deus através do Espírito. É o Espírito que diz quem deve ser separado e para quê! O verbo (aphorizo/consagrar) era usado no sentido da consagração dos levitas (Nm 16.9); se refere também à separação do apostolo Paulo (Rm 1.1). O cenário indica que eles já haviam sido separados, ou seja, Deus já havia tomado uma decisão sobre a obra de Barnabé e Saulo. O que acontece aqui é uma comissão formal e consagração a um trabalho especial, impondo às mãos concedendo-lhes forças e recomendando-os na graça de Deus! Eles são enviados como representantes da igreja em Antioquia.

 

 

REFERÊNCIAS

AHARONI, Y. et al. Atlas Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

HARRISON, Everett F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Batista Regular do Brasil, 2017.

CARSON, D.A. et al.  Comentário Bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2009.

BRUCE, F.F. et al. Comentário Bíblico Bruce Antigo e Novo Testamentos NVI. São Paulo: Editora Vida, 2012.

NOVO TESTAMENTO TRILINGUE: grego, português e inglês. São Paulo: Vida Nova, 1998.

BÍBLIA SAGRADA ACF. São Paulo: SBB, 2013.

BÍBLIA SAGRADA NVT. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2016.  

STRONSTED, Roger.; ARRINGTON, French L. Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

Cbp 704

 

 



[1] D.A.Carson, p.1501.

[2] CBP, p.695

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