COMO E O QUE ESPERAR DE DEUS DIANTE DE CIRCUNSTÂNCIAS DESESPERADORAS Salmo 1

 



Ao olharmos para esse Salmo, nos deparamos com uma alma em noite escura. Nos deparamos com uma pessoa que mistura em sua vida os ingredientes doces e amargos da vida. Alguém que não só enfrentava uma luta externa, mas, principalmente uma batalha no coração, uma luta interna. 

É provável que o contexto desse Salmo seja o de I Sm 27 quando Davi vive como um fugitivo de Saul.

Sua vida está virada aos avessos, não tem mais a quem recorrer, ele precisa enfrentar a instabilidade de sentimentos que percorrem seu coração: desespero (1,2); desejo (3,4) e libertação (5,6).

O que a gente faz? Como a gente vive? No meu entender não existe uma resposta pronta. Não encontramos aqui uma receita. Se realmente a circunstância do Salmo for a fuga de Davi para salvar sua vida, encontramos alguém que vai sobrevivendo um dia após o outro.

Suas dúvidas (1,2) ele concentra em Deus: Para sempre Te esquecerás de mim? Até quando esconderás de mim o Teu rosto?

“Não é um apelo ao estado de consciência de Deus, mas a sua ação”.

E também em seus sentimentos e circunstâncias: Até quando terei inquietações e tristeza no coração dia após dia? Até quando o meu inimigo triunfará sobre mim?

“tumulto mental”

Ele deseja a atenção e o renovo de Deus (3,4): era necessária a cura da alma abandonada, de uma alma perturbada:

“Ilumina os meus olhos” = dá-me vida (C.B, 95).

Aprendemos aqui que existe um caminho entre a lamentação (1,2) e o regozijo (5,6): se chama ORAÇÃO (3,4).

Ele encontra libertação e esperança (5-6): Ele coloca seu desespero e esperança no amor de Deus e prevê que dali virá libertação “a esperança se desespera, e ainda assim o desespero tem esperança” (C.NVI).  Atributos: qualidades inerentes à substância.

Amor: Aquela perfeição da natureza divina pela qual Ele é continuamente impelido a se comunicar. Não é apenas um impulso emocional, mas uma afeição racional e voluntária e que é fundamentada na verdade e santidade (Thiessen, p.83).

Deus se revelou como alguém que expressa um tipo específico de AMOR, o qual é demonstrado por uma dádiva sacrificial: João define assim...”Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nosso pecados” (I Jo 4.10). “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).

Apoiado no caráter moral de Deus (bom) ele pode louvar, como faz no Sl 100.5 Porque o Senhor é bom; e eterna, a sua misericórdia”.

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