UM MALUCO NO PEDAÇO

 


Esta série de mensagens está apoiada no texto do Livro de Daniel, nos seus seis (6) primeiros capítulos. Nossa proposta nessa série é compreender como Daniel enfrentou esse momento de sua vida, quais foram os recursos que ele utilizou e as estratégias utilizadas para que alcançasse os objetivos em um momento desafiador na sua vida.

O tema da série tem a proposta de despertar você para observar às ações surpreendentes que o jovem Daniel tomou nesse período de sua vida e que fez dele um jovem diferenciado em seu tempo e contexto. Em uma visão natural das coisas, podemos afirmar que Daniel e seus amigos eram malucos ou heróis mortos.

Estamos aqui no  603 a.C aprox. e o sítio (cerco) começou no ano 607 a.C.  e foi até 586 a.C, portanto 21 anos. Daniel e seus três amigos faziam parte do cativeiro na Babilônia, no século VI a.C. O livro de Lamentações que é do mesmo período salienta que a destruição da cidade (Jerusalém) foi um julgamento de Deus contra o pecado, portanto, Daniel (e seus amigos) não está lá por um acaso, ele está lá porque Deus queria tratar com seu povo.  

Já que a bíblia é um livro que trata de experiências de pessoas e seu relacionamento com Deus, acredito que o que vemos aqui é o relato de experiências de jovens Israelitas.

1.    O desafio de se manter diferente num mundo de pessoas iguais

Como jovens cristãos, somos pressionados todos os dias para nos tornarmos como a multidão, assimilarmos a cultura de nosso tempo  “Num mundo de pessoas iguais ser diferente custa caro”. Como jovens nós temos sonhos, objetivos e sabemos que em um mundo pecaminoso somos pressionados a abrir mão de valores para alcançar determinadas posições. Daniel e seus amigos estão vivendo essa realidade: ser um jovem hebreu tem seus benefícios (eles faziam parte da aliança), porém, tem seu preço!

a.    Conformados ou Transformados?

Havia uma proposta do Império Babilônico, era transformar Judeus em Babilônios, isso implicava nova terra, novos nomes, novos costumes, novas ideias e nova língua. Eles seriam ensinados a pensar e a viver como babilônios.

O que você faria em uma situação como essa?

Vejamos que eles começam a mexer em sua identidade: Seus nomes foram mudados:

O chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes [...] (1.7)

*Daniel “Deus é meu Juiz” – para – Belsazar “Bel protege a vida dele” (equivalente a Baal e a Marduque).

*Hananias “O Senhor mostra graça” – para – Sadraque “o comando de AKU” (deus-lua).

*Misael “Quem é como Deus?” – para – Mesaque “Quem é como Aku?”

 *Azarias “O Senhor é meu auxílio” – para – Abede-Nego “Servo de Nego” (o ídolo que representa Mercúrio).

É importante que lembremos a estratégia do Diabo diante de Jesus! Ele quis colocar em dúvida a paternidade de Jesus “Se és Filho de Deus [...] (Mt 4:3).

 

Qual seria a nossa atitude diante da mesa tentadora do Rei?

Resolveu Daniel firmemente não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; (Dn 1.8)

Existia um grande problema aqui, os judeus não se alimentavam de comidas que não eram preparadas segundo a Lei, provavelmente oferecida a ídolos (Lv 17:14-10). Ela os contaminaria e os tornaria cerimonialmente imundos diante de Deus (1.8).

Daniel e seus amigos não se deixaram encantar por todas aquelas oportunidades que estavam diante deles. Eles tinham que ser diferentes!

Como é possível não cedermos à pressão desse sistema mundano?

Observemos o texto de ROMANOS 12: 1,2.

Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Existem dois tipos de pessoas que se enquadram aqui:

Os “conformados” aqueles cuja vida é controlada pelas pressões exteriores.

Os “Transformadores” são aqueles cuja vida é controlada pelo poder interior.

Daniel e seus três amigos eram TRANSFORMADORES/ Em vez de sofrer mudanças, eles as realizavam!  (Wiersbe p.307).

QUAIS FORAM OS PASSOS QUE ELES DERAM NA RESOLUÇÃO DO PROBLEMA?

*Eles se entregaram inteiramente a Deus: A decisão de Daniel (1.8) demonstra uma atitude de entrega ao Senhor, de não se deixar ser corrompido pelo sistema.

a. Se entregar ao Senhor pode significar guardar o coração “Sobretudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procede as fontes da vida” (Pv 4.23).

b. Se entregar ao Senhor pode significar decidir viver uma conduta pura: “Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a tua Palavra” (Sl 119.9).  

Um coração que AMA ao Senhor não terá dificuldades de fazer as escolhas certas.

Fé não é crer apesar das evidências – mas sim obedecer apesar das consequências (Wiers, vol 4, p.307).

 

*Eles usaram o tempo da provação como tempo de preparo. Daniel e seus amigos perceberam que aquele era o momento de SER DIFERENTE!

a. Eles foram corajosos em Deus para encarar as dificuldades [...] e pediu ao chefe dos oficiais permissão para se abster deles” (1.8).

b. Sabedoria para resolver o problema [...] “peço-lhe que faça uma experiência com os seus servos durante dez dias.. Depois compare a nossa aparência com a dos Jovens que comem a comida do Rei [...] (1.12,13).

c.  Usou o tempo para ADQUIRIR CONHECIMENTO “A esses quatro jovens Deus deu sabedoria e inteligência para conhecerem todos os aspectos da cultura e da ciência” (1.17).

O que você tem feito com o tempo que Deus está Ti dando?

Como você está usando a sabedoria e inteligência que Ele Ti deu?

A história de Daniel e seus amigos não acaba aqui, esse era apenas o TEMPO DE PREPARO para desafios maiores que esses jovens iriam enfrentar “Daniel permaneceu ali até o primeiro ano do rei Ciro. No segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor teve sonhos” (1.21;2.1). .

O que você está fazendo com o que Deus está Ti entregando agora?

Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor ( Mt 25.23).

 

VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA O DESAFIO? Dn 2.1-3

Os desertos da vida servem para nos ensinar lições que do contrário não aprenderíamos. Essa não é uma época muito gostosa, eu tenho que estudar, trabalhar, cumprir tarefas...mas a vida é assim... eu preciso aproveitar as OPORTUNIDADES que a vida me oferece.

E as oportunidades surgem quando menos esperamos: A oportunidade surgiu de uma CRISE do REI  (Dn 2.1-3).

O que você tem feito com as oportunidades que estão diante de você?

Tudo que fizer, faça bem feito, pois quando descer à sepultura não haverá trabalho, nem planos, nem conhecimento, nem sabedoria (Ecl 9.10).

 

Da oportunidade ao serviço

Eles precisaram aprender a administrar seu tempo como aprendizes no uso das capacidades concedidas por Deus diante dos recursos (Dn 1.17).

 

Depois de utilizar dos recursos dado por Deus eles passaram a servir

“E assim, passaram a servir ao rei. Semrpe que o rei os consultava sobre alguma questão que exigia sabedoria e discernimento, observava que eles eram dez vezes mais capazes que todos os magos e encantadores de seu reino (Dn 1.19-20).

 

 Do serviço ao desafio

Significado de DESAFIO:

Situação ou problema cujo enfrentamento demanda esforço e disposição firme; Ato de instigar alguém a realizar algo que supostamente está acima da sua capacidade: https://michaelis.uol.com.br/palavra/P3pn/desafio/

Quando a oportunidade surgiu DANIEL não amarelou! Ele estabeleceu uma estratégia: Dn 2. 12-19

1.    Como chegar? “dirigiu a ele com sabedoria e prudência (v.14).

2.    O que perguntar? “Perguntou-lhe” (v.15)

3.    Foi ao rei “de imediato e pediu mais tempo” (v.16)

4.    Juntou a panelinha pra pedir ajuda “voltou para casa e contou aos seus amigos” (v.17).

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