Os desafios cristão no fazer politico

 

Os desafios cristão no fazer politico



 

Vivemos um tempo de grandes desafios para nós cristãos, o crescimento numérico dos evangélicos brasileiros (somos mais de 20% da população). As estatísticas se tornaram arma na luta por prestígio social e poder político. A religião evangélica se tornou uma religião de massas.

Esse crescimento nos fez chegar despreparados a novos níveis de visibilidade social e isso têm sido desgastante para nossa imagem pública.

Diante desse cenário precisamos refletir em alternativas viáveis que nos leve a refletir sobre “o que precisa realmente ser mudado para que nossa cidade, estado ou país se pareça mais com o plano de Deus para toda a humanidade.

Por mais confuso que pareça a situação, precisamos exercer o nosso papel de SAL DA TERRA e isso faremos como “cristãos criticamente responsáveis”.

Somos chamados ao “não conformismo” (Rm 12.2).

Não podemos tomar o jeito de ser do mundo;

Devemos deixar ser transformados pela vontade de Deus, isso é um trabalho de remodelar a mente a partir de dentro.

Paulo apresenta algumas exortações a respeito das autoridades políticas, e isso ele faz iniciando no cap 12 e vai até ao final do cap 13. Nós somos chamados a não se conformar com este século: esse texto se refere a todas as esferas de nossa vida, inclusive a política.

“A solução para a má política é a boa política”

Vejamos que a partir do vers 3-8 do cap 12 o apóstolo descreve o ideal cristão de vida comunitária: ela é baseada na contribuição responsável de todos, em função do bem comum.

É claro que Paulo sabia que a simples existência dessa comunidade radicalmente diferente traria perseguição (12.14), ele então recomenda “abençoar e não amaldiçoar”.

Diante dessa questão:

Ele chama os cristãos à submissão nas relações interpessoais (12.17-21). Quando ele faz isso, prepara o terreno para o que virá nos versículos posteriores de 13.1-7. Aqui ele exorta o cristão à submissão ao Estado.

Esse mesmo cristão que se submete ao Estado, crê na “soberania de Deus sobre todas as áreas da vida”. É esse princípio que implica o não conformismo com este século.

A nossa atitude correta diante do Estado “é um dever do amor cristão”. Por isso, o exercício do voto é uma convocação para constituir as autoridades.



Devemos olhar o mundo à maneira dos profetas: Eles aparecem quando a Lei de Moisés estava sendo negligenciada.

·         O profeta vê a realidade com os olhos de Deus.

·         A justiça é a participação de Deus na vida humana. As pessoas abusam dos pobres e fracos, sem perceber que estão humilhando a Deus  “O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou (Pv 14.31).

Devemos votar à maneira dos profetas: Inconformados com a opressão dos outros. Pessoas que “choram e oram em particular, e desafiam terra e inferno em público” (Frestom, p.67).  Cristãos que enxergam a realidade brasileira, à medida do possível, na perspectiva de Deus. Essa atitude exclui dois tipos de votos: o voto interesseiro, egoísta (o que é bom para mim, minha profissão, minha classe) e o voto “irmão” (que visa apenas o interesse da comunidade evangélica).

Devemos exerce com CONSCIÊNCIA o direito do voto.

O nosso papel como evangélicos deve ser dentre outros, elevar o nível do debate eleitoral, evitar as motivações de voto como: interesse, preconceitos e coações e sim, apelar a consciência de cada cidadão “Antes, renunciamos aos procedimentos secretos e vergonhosos; não usamos de engano, nem torcemos a palavra de Deus. Ao contrário, mediante a clara exposição da verdade, recomendamo-nos à consciência de todos, diante de Deus (2Co 4.2).

Devemos nos enxergar como responsáveis pelas estruturas do mundo social.

Isso implica dizer que essas estruturas do mundo social resultam de decisões humanas e podem ser alteradas. As estruturas são corruptas e não só as pessoas. Como cristãos temos a responsabilidade de reforma-las.

Para que isso aconteça, precisamos “criar todo um sistema político de apoio a mudanças. Precisamos nos preparar agora para o trabalho de conservação na fé e transformação da sociedade.. Uma membresia mais estável com visão mais ampla da vida cristã.

Precisamos de humildade também no debate das posições políticas que adotamos, pois o nosso olhar é sempre imperfeito. Um bom diálogo lança mais luz na situação.

Devemos ter um papel ético na sociedade: Muitas vezes jogamos para um nível místico coisas que devem ser enfrentadas eticamente. Queremos expulsar o “demônio da corrupção” com respostas e soluções ritualistas, temos um fascínio pelo projeto de converter o poder. Isso porque “o Poder é entendido como uma pessoa. Não como um sistema.

Precisamos entender que ao invés de querer mudar o homem no poder, devemos desenvolver um conceito mais bíblico de pecadores se controlando uns aos outros num sistema de fiscalização mútua (Frestom, p37).

Comentários

Postagens mais visitadas