Mordomia da Mente e do Coração
Mordomia da Mente e do Coração

A bíblia sagrada já no seu
início nos dá o tom da nossa relação com Deus [...] façamos o homem à nossa imagem conforme a nossa semelhança [...]
(Gn 1.26) e que demonstra que somos “dotados da faculdade de raciocinar,
expressar emoções e de agir voluntariamente”. Somos seres pessoais como Deus é,
temos uma personalidade que permite não nos limitarmos ao nosso corpo. É por
isso que “a caminhada com Cristo envolve o trabalhar por parte dEle, através do
Espírito, toda a nossa personalidade humana.https://go.hotmart.com/X5583132W
Jesus
respondeu ao escriba que o interrogou sobre o mandamento (Mc 12. 28-31) dizendo
que amar a Deus exigi: sentimentos, motivação (coração) e inteligência (mente)
voltados à Ele. Temos aqui uma questão de mordomia (cargo,função), visto que,
coração e mente são criações de Deus, devemos administrá-los de modo que
glorifique a Ele “assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa,
façam tudo para a glória de Deus” (I Co 10.31)https://go.hotmart.com/R5609930R
Esse
é um ponto do “discipulado cristão” que deve fazer parte de nossa reflexão na
caminhada com Cristo, visto que, à medida que
vivemos somos bombardeados por determinados valores fortalecidos pelo
próprio meio em que vivemos e somos levados sem perceber a uma forma de pensar,
tornamo-nos “escravos” de uma maneira de pensar e de agir. Nossas atitudes são
afetadas pelo nosso modo de ver a realidade.
Embora
no mundo; precisamos ser inconformados! Assim sendo, este tema discute também
um conflito evidente de “Senhorio”. Conflito este que Paulo trabalhou em 2Co
10.3-5:https://go.hotmart.com/S3448550H
“Pois, embora vivamos como homens, não
lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são
humanas; ao contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas.
Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de
Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torna-lo obediente a Cristo” (2Co
10.3-5).
- Quem é Senhor de
nossa mente?
- E de nossa vida?
- Quais são os
valores que priorizamos?
- Será que a maneira
como encaramos a realidade, por si só já não nos diz a quem servimos?
Paulo
temia pela corrupção da mente dos Coríntios
“Mas receio que, assim como a serpente
enganou Eva com a sua astúcia (panourgia= ardil,
truque, maquinação, trapassa), assim também sejam corrompidas as vossas mentes
(nohma) , e se apartem da simplicidade e pureza
devidas a Cristo” (2Co 11.3).
Paulo
vai dizer que Satanás tem metas definidas, estratégias elaboradas, um programa
de ação com variedades de técnicas e opções a serem aplicadas conforme as
circunstâncias:
“para que Satanás não alcance vantagem
sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (2Co 2.11 ARA).
“a fim de que Satanás não se aproveite
de nós; pois conhecemos bem os planos dele” (NTLH).
E
que uma das formas de atuação dele é obscurecendo a mente (noma) dos homens (2Co 11.3). Quando ele (Satanás) faz isso,
o homem desenvolve uma má vontade para com a verdade, onde não há lugar para
Deus, valores e conceitos objetivos (mente secularizada).
Diante
disso, devemos cumprir a missão que cabe a nós como mordomos:
- Devemos
amar o Senhor com todo nosso coração, alma, entendimento e força
“Ame o
Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu
entendimento e de todas as suas forças”(Mc 12.30).
- Todo coração: A sede dos sentimentos e da
motivação (kardiaz).
- Toda a alma: a vitalidade e o tempo
integrais (juchz).
- Todo entendimento: a inteligência (dianoiaz).
- Toda a força: a vontade e o esforço (iscioz).
- Devemos
cuidar para que nossa mente seja renovada
“e não sejais
amoldados a este século, mas sede transformados pela renovação da mente
[...] (Rm 12.2);
“Quanto à
antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que
se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar” (Ef
4.22,23 NVI).
Essa renovação da mente se dá por meio de uma
conjugação entre o Espírito e a Palavra de Deus.
Um dos estágios por que passa a transformação moral
do cristão é a mente renovada pela Palavra e pelo Espírito de Deus.
É uma transformação fundamental de caráter e conduta que
diverge totalmente dos padrões do mundo, assemelhando-se a Cristo
“E todos nós
com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor,
somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo
Senhor, o Espírito” (2Co 3.18).
Somente pela renovação contínua do Espírito Santo é
possível viver a vida cristã.
3. Devemos
permitir que nossas emoções sejam purificadas
“Irai-vos e
não pequeis, não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef 4.26).
“Tendo
purificado as vossas almas, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o
amor fraternal não fingido, amai-vos de coração uns aos outros ardentemente” (IPÊ 1.22).
Precisamos desenvolver um equilíbrio no uso da mente
e coração, da mente e emoções. Somos por criação, tanto racional como
emocional:
[...] Não
devemos ser, nem tão emocionais que nunca cheguemos a pensar, nem tão
intelectuais que nunca consigamos sentir” (Stott, 2005, p.140).
Assim como os discípulos no caminho de Emaús, nossas
emoções devem ser estimuladas pela mente “Quando
refletimos na verdade o nosso coração arde” (Lc 24.32).
Por que é
importante a mordomia fiel da mente e do coração?
·
Glorifica o
nosso criador
“Finalmente,
irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto,
tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se
houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (Fp 4.8).
·
Enriquece a
nossa vida cristã
“Eu o
instruirei e o ensinarei no caminho que você deve seguir; Não sejam como o
cavalo ou o burro, que não tem entendimento mas precisam ser controlados com
freios e rédeas” (Sl 32. 8,9).
Nos ajuda a ter um conceito correto em relação a nós,
aos nossos dons, aos outros e nas nossas relações como família de Deus
“Tenham uma
mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam
dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior. Não sejam sábios aos
seus próprios olhos” (Rm 12.16).
Isso só é possível com uma mente renovada “no sentido de compartilhar as mesmas
convicções e interesses básicos Sem essa comunhão de mente não podemos viver e
trabalhar juntos em harmonia”.
·
Nos capacita a discernir e aprovar a vontade de Deus
“Não se
amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente,
para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus” (Rm 12.2).
São atitudes que precisamos assumir e preservar
constantemente= discenir, analisar e optar.
Deus
os abençoe!
Comentários